A proposta de orçamento para o ano fiscal de 2016, publicada em Novembro pelo Chefe do Executivo, Chui Sai On, revela que o Governo irá continuar a apoiar o desenvolvimento das indústrias culturais e criativas. A promoção de marcas locais através da revista electrónica C2 faz parte desta política orçamental.
Desde a sua primeira edição, em Janeiro de 2015, a C2 tem entrevistado todos os meses vários membros das indústrias culturais e criativas de Macau, incluindo membros das áreas do cinema, design, música e artes do espectáculo. Entre os entrevistados contam-se figuras célebres nos círculos culturais e criativos, bem como novos talentos locais. Por outro lado, têm sido igualmente apresentadas aos leitores várias histórias de sucesso no exterior. Com um título que incorpora os conceitos de “Cultura” e “Criatividade”, a revista é publicada electronicamente, estando também disponível para descarregamento e impressão.
O editor-chefe da revista é Lei Chin Pang, Docente Sénior do Departamento de Comunicação da Universidade de Macau, o qual refere que, embora a imprensa local relate eventos culturais, estes são raramente analisados a partir da perspectiva do sector. “No passado, Macau tem-se centrado no desenvolvimento da indústria do jogo. A maior parte dos meios de comunicação social relatam questões culturais e criativas, tais como eventos realizados por organizações comunitárias. No entanto, será difícil que os eventos culturais e criativos se profissionalizem, a menos que sejam integrados no seio da indústria. Através de tal integração, a estrutura da indústria de Macau poderia ser diversificada, proporcionando uma nova opção para os jovens envolvidos nos círculos culturais e criativos”, afirmou.
Por exemplo, a revista entrevistou a estilista portuguesa Clara Brito e o estilista de Macau Robert Lai, a fim de avaliar a situação actual e as soluções da indústria da moda local. A revista irá ainda entrevistar as empresas Chessman Entertainment & Production Co. Ltd. e 100 Plus Music Ltd., com vista a analisar as perspectivas da indústria da música popular em Macau.
A C2 tem também convidado especialistas do sector cultural e criativo de três regiões de ambos os lados do Estreito para partilharem as suas experiências através de blogues. O autor local Joe Tang, o cineasta Ho Ka Cheng, o ex-editor do Lonely Planet (Série China) Ye Xiaozhong - o qual é muito experiente no âmbito editorial, bem como no âmbito das actividades culturais e criativas no Interior da China e na Ásia - e o especialista japonês em cultura e criatividade Ron Lam, participarão igualmente neste projecto.
Durante um ano, Lei assumiu o cargo de editor-chefe da C2. No entanto, dado estar muito ocupado durante este ano, será estabelecido um conselho de editores para partilhar as suas funções. Publicada mensalmente, a C2 será, no futuro, convertida numa revista bimestral, no sentido de explorar mais aprofundadamente o desenvolvimento das indústrias culturais e criativas. Com este objectivo, será introduzida uma coluna intitulada “Opinião”, a qual será dedicada à análise de tendências por membros da indústria. Será ainda adicionada uma coluna intitulada “Histórias de Marcas”, a qual irá examinar casos de sucesso de marcas culturais e criativas locais.
“O desenvolvimento económico de Macau e a sua inscrição na Lista do Património Mundial da UNESCO durante a última década têm contribuído para o reforço da identificação dos residentes de Macau com a sua cidade, dando azo à criação de um maior número de obras a partir de uma perspectiva local. A missão da C2 é precisamente incentivar estas criações, a fim de que mais pessoas se interessem pela cidade e reflictam sobre questões locais”, comentou Lei.
//A Macau Creations é uma das marcas culturais e criativas de Macau.
